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Teste desaconselha a compra de cinco marcas de lâmpadas

06/06/2013


Lâmpada Osram foi a que obteve melhor desempenho entre as oito testadas FOTO: Marcelo Carnaval

RIO — A Proteste — Associação de Consumidores desaconselha a compra de cinco das oito lâmpadas fluorescentes compactas brancas, de 15W, que tiveram a segurança e o desempenho testados pela entidade. Os problemas mais comuns apresentados foram a durabilidade menor que a informada na embalagem, perda de capacidade de iluminação e gasto excessivo de energia elétrica. São eles os produtos das marcas FLC, Sylvania, Kian, Ourolux e Golden. Numa escala de zero a cem, onde cem é a melhor nota, nenhuma destas marcas ultrapassou os 40 pontos. Apenas duas lâmpadas, Osram e Empalux, obtiveram pontuação a partir de 65 e, por isso, foram classificadas como “bons produtos”. A da marca Taschibra ficou numa classificação intermediária, entre os produtos aconselhados e aqueles desaconselhados. Confira aqui o teste completo.

— Em razão da legislação brasileira estar em processo de transição, nenhuma das lâmpadas foi reprovada no teste. No entanto, duas marcas se mostraram mais eficientes e com maior qualidade que as demais e receberam notas maiores — explica o advogado da Proteste.

O teste do quesito ciclos de acendimento — em que cada lâmpada foi programada para acender e apagar 20 mil vezes, ficando três minutos acesa e cinco minutos apagada — por sua vez, teve como base critérios aplicados em avaliações de lâmpadas fluorescentes realizados na Europa pela International Consumer Research and Testing (ICRT), organização que congrega mais de 35 entidades de proteção ao consumidor dedicadas a promover testes e pesquisas. Isso para que fosse possível comparar os produtos brasileiros aos europeus.

Nesse teste específico, todas queimaram bem antes de completar os 20 mil ciclos. Desempenho bastante inferior ao verificado em lâmpadas equivalentes vendidas no mercado europeu. Testes realizados pelo ICRT mostram que os produtos fabricados na Europa resistem a até 50 mil séries sem queimar. Ao transformar esses ciclos em anos de uso, as lâmpadas Osram, Golden, Kian e Ourolux não resistiriam nem a 24 meses, supondo que fossem ligadas e apagadas dez vezes por dia. Esta última teve um agravante. A embalagem informa que o produto dura sete anos, mas, segundo a análise da Proteste, nas condições do teste, o produto duraria um ano e 11 meses. O produto da marca Taschibra foi o que apresentou maior durabilidade: dois anos e cinco meses.

Para Cação Júnior, todas as lâmpadas deixaram a desejar no quesito perda de luminosidade. Ele explica que após duas mil horas de uso a capacidade de iluminação chega a cair mais de 15%, como no caso das marcas Golden e Kian. A menor redução de luminosidade, diz o responsável do teste, foi a da Empalux, 11,31%:

— As lâmpadas brasileiras poderiam ser muito melhores, gastar menos energia e iluminar mais. Mas a indústria nos entrega produtos sempre no limite da legislação.

Empresas garantem cumprir normas

Sérgio Andolfo, supervisor técnico de Elétrica do Senai do Rio, diz que as lâmpadas fluorescentes foram criadas com o objetivo de consumir 75% menos energia do que as incandescentes e ter uma durabilidade seis a oito vezes maior. No Brasil, as lâmpadas incandescentes estão sendo retiradas do mercado gradativamente desde 2010. De acordo com portaria do governo, a partir de 30 de junho de 2017 apenas as fluorescente poderão ser vendidas. Na Europa, o comércio de modelos incandescentes está proibido desde setembro de 2012.

— Fiquei surpreso com os resultados, porque eficiência depende de investimentos em tecnologia e todas essas empresas têm condições de oferecer bons produtos ao consumidor. Por isso, creio que irão se adequar à nova portaria — diz Andolfo.

Procuradas para comentar o assunto, as empresas informaram, em nota, atender às normas do Inmetro, em vigor, para a produção de fluorescentes. A Taschibra ressaltou que, das oito marcas testadas, apenas duas apresentaram melhor pontuação que a empresa. A FLC contestou a metodologia da pesquisa: “o teste foi realizado com base na Portaria 489 do Inmetro, porém com lâmpadas que seguem as especificações da Portaria 289, em vigor até junho de 2013”. A empresa informou que novos produtos adequados às determinações da nova portaria já estão sendo distribuídos.

A Sylvania afirmou atender às normas de qualidade estabelecidas pelo Inmetro, e informou já ter providenciado as mudanças para se adequar à nova portaria. A Kian, que obteve classificação “ruim” em metade dos quesitos avaliados, garantiu que todas as lâmpadas vendidas pela empresa estão de acordo com as normas, verificadas por testes e ensaios feitos em laboratórios credenciados ao Inmetro. No entanto, informou que, “irá fazer verificações internas junto ao setor de qualidade”. A Ourolux disse que o produto testado deixou de ser vendido pela empresa no ano passado. A Golden informou que a lâmpada está de acordo com a portaria vigente e que entrega ao consumidor mais do que o declarado na embalagem.

Novas regras para reduzir consumo de luz

A partir d e 1º de julho, as lâmpadas incandescentes, com potência superior a 100W, devem desaparecer do mercado. Isto porque a portaria interministerial 1.007/2010 estabelece parâmetros de eficiência energética inalcançáveis para este modelo, que será banido do país em 2017.

O objetivo da portaria é que o brasileiro consuma menos energia, o que motivou também a portaria 1.008/2010, com padrões de eficiência maiores para as lâmpadas fluorescentes compactas que já apresentam consumo equivalente a 1/4 do de modelos incandescentes. Em um ano, num apartamento de dois quartos, a economia pode superar R$ 200.

A fiscalização, nos dois casos, será feita pelo Inmetro, responsável pelo controle desde a importação — todas as fluorescentes são fabricadas no exterior — até o varejo, onde será verificado se os produtos à venda têm selo de eficiência e também se há itens contrabandeados e comercialização de estoque antigo fora dos padrões da norma.




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